Monday, November 21, 2005

Cheios de espinhos


Cheios de espinhos, palavras feias e amargas que arremaçamos quando nos fazem mal, protegidos de tudo e de todos, até daqueles que nos amam, ou dos que amamos...

Gaja acha que tem um sexto sentido e depois é enganada a torto e a direito, porque acredita que é diferente e que fez o melhor, quando muitas vezes só complica...

A simplicidade dos dias perturba-me, sinto falta de qq coisa. Ás vezes quando nos vejo, desculpa, quando nos via, juntos, pensava: "Dupla imparável", do género cumplicidade máxima, simbióticos.

Que arrogante não é? Tu a dizeres-me que não te ensino nada e eu a achar que seríamos simbióticos. Já nos estou, estava, desculpa é a minha dificuldade no português, a imaginar, num qualquer jantar a agirmos em sintonia, sem serem precisas palavras para o acerto das tropas.

Apesar de todas as probabilidades contra, do afastamento, das vidas por cruzar, assistindo a isto tudo, gaja fica... Fica porque vê diferente...vê o estimulo, a dinâmica, a força, o desejo... Raios!! Este último surpreendeu-nos. Eu que achava que tínhamos uma relação platónica, assim psicocognitiva, e sai-me uma relação, desculpa, não é relação, sai-me qq coisa psicocognitivosensosexuada...

Era assim que me imaginavas?

O platónico quebrou-se quando perdeste a confiança. O que será que se mantém?

Não consigo deixar de pensar que ainda assim, que ainda que tenha traído a tua confiança (sabes que não vejo as coisas exactamente assim), foste tu que partiste, desta vez. Tal como eu fiz, outras vezes, nestes últimos 15 anos. Às vezes também em resposta a comportamentos que eu achei distante de simbióticos, distantes da percepção do sentimento envolvido, das decisões ou das posições tomadas. Ofendi-me e fui-me embora.

Depois, minha culpa, minha tão grande culpa! Que mesquinha e pequena fui. Depois já era tarde, tinha sido quebrado o encanto. Ou achava que sim. Anos e anos de distância, mas depois à velocidade da luz, recuperamos a magia que nos atinge sempre.

Aflige-me pensar que vou, para sempre, facto que começa a ser uma evidência, pelos anos que passam por nós e, claro, porque sou gaja e gaja complica, ou não, que te vou sentir sempre que estiveres perto, que isso não foi destruído.

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