Transplante de vida
É muito difícil acreditar que te amo e ouvir-te falar do teu amor próprio. Como se tivesse grande importância no âmbito geral do que vivemos. Como se a estabilidade te trouxesse a felicidade, não apenas felicidade, "a" felicidade - aquela que procuras. Como se vivesses na, aparente, ausência de amor próprio.
Pois é, o corte dói e portanto vais deixar de comer presunto. Será que o sabor do presunto não justifica o risco de um novo corte? Qual será a dúvida? Tens é amor próprio em excesso e muito medo de ser magoado, como sabes que se consegue magoar. De te entregares, mesmo, e de te descobrirem e não gostarem. De seres tu e desiludires a ponto de levares à desistência. Pelo que, não és tu. Parece que és o louco mais social que se pode conhecer mas no fundo és só um amedrontado. Não social, socialmente desenrascas-te muito bem. Tens medo do que te dá vontade de viver, do que te desperta o receio da perda, do que amas. Se é verdade a tua verdade, que vergonha deves sentir por não me teres agarrado, por não me teres vivido. Por não viveres o que mais de 90% da população mundial nem sabe que existe.
Confunde-me conseguires viver assim. Confunde-me as saudades que não tens. Confunde-me as torres de Piza que ainda assim constróis. Confunde-me...destruíres um amor que existe, em nome do amor próprio que não tens. Susceptível? Yah!?
Como és instável precisas de segurança, em nome do amor próprio, que não tens e do amor que sentes por mim. Estou a ver. Ou antes, não estou. E só consigo querer muito mal à tua cobardia, desejo que morra, desejo enterrá-la! E nem vou limpar-lhe a campa e levar-lhe flores. Odeio-a até depois de morta! E não lhe dou a outra face. Isso é que era bom!
BURRO! BURRO! Que desperdiças as flores que a vida te trás em troca de nada. Espero que a vida te mostre o valor que tem e a bênção que é. Que numa reencarnação posterior, se tiveres direito a ela, porque se eu fosse juíza de uma qualquer comissão de transplante de vida, tu não terias direito a uma nova hipótese, uma vez que tens comportamentos auto-destrutivos e negligentes na vida que cursa, e que poderias voltar a desperdiçar a vida que alguém merece e deseja e que lhe foi privada, porque a fonte não dá para todos. Como os alcoólicos que são chumbados pela comissão de transplante hepático porque mantém hábitos alcoólicos. Porque há a hipótese de negligenciarem o novo fígado, um bem demasiado precioso para ser negligenciado. Tal como tu negligencias esta vida, que poderá já ser a tua milionésima hipótese...
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