As tarefas do meu menino Jesus - Tarefa I
O meu amor pequenino trazia trabalhos de casa relacionados com o período de festas que atravessamos, o Natal.
Tarefa número I: decorar um anjinho de papel. A decoração deveria ser realizada em família e o anjinho ser portador de um texto incorporado pelo próprio do espírito natalício. Eu fui informada "à última da hora" mas não podia deixar que o meu pequenino fosse com um anjinho menos que LINDO para a CEBI, pelo que pus a imaginação à obra e fui recolher material para a tarefa encomendada no final da noite, da véspera da data de entrega do dito cujo. Não faz mal, eu trabalho bem sob pressão. “E o material?” – perguntavam. “Não comprámos nada!” Tutu benne. Usamos o que encontrar pelo caminho. Recolhi de quase tudo. Informação da Net, algodão, folhas e flores secas que estavam espalhadas lá por casa e um belo de um texto de natal. O resultado final foi este:
Talvez não se consiga ler o texto, pelo que aqui vai: “A melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio dos nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham na nossa caminhada pela vida”.
Porque está na idade dos porquês (alguma vez passamos esta fase?), porque é inteligente como a breca (saí à tia :-)) e porque o objectivo não era só “produzir” um anjinho, tive na conversa com o Jonh (o meu menino Jesus). Os temas foram variados, falámos sobre a economia mundial, sobre a fome no mundo, sobre o buraco da camada de ozono…credo, claro que não. Deixá-lo descobrir as cenas más a seu tempo. Já sabe o essencial:” Tia, a água é um bem escasso e não podemos desperdiçar água”. Ah pois é. Um bem escasso é termos um puto que fala assim aos quatro anos (sou uma babada, eu sei). Em linguagem infantil, mas não muito, o puto já fala como gente grande, à sete tostões e meio (ou seja, em euros, ora, sete vezes dois, ora bem, mais quatro, a dividir por dois…bom, façam as contas), como diz a mama dele, falámos sobretudo sobre o Natal e focámos a atenção no menino Jesus. E a dada altura perguntei, vai: “Mor, quem é esse Sr?” Vem: “Tia, não é um Sr, é um bebé.” Daaahhhh, claro que não é um Sr. Vai:”Então e esse bebé anda lá na tua escola?” – pergunta pouco inteligente. Vem: “Claro que não. Anda na missa.” Vai: “Olha, e quem são os pais desse bebé?”. Vem: “Não sei, ele não anda lá na minha escola”. Muito complicado apresentar a uma criança um menino Jesus em que não se acredita. O que deveria dizer a seguir? Deixou-me desarmada, fiquei sem argumentos e passámos a falar do Noddy. Deixo a história do menino Jesus para os avós que são crentes e que lhe vão saber explicar o que é ter fé.
Parece que era o anjinho mais LINDO do colégio. Missão cumprida.
Tarefa número I: decorar um anjinho de papel. A decoração deveria ser realizada em família e o anjinho ser portador de um texto incorporado pelo próprio do espírito natalício. Eu fui informada "à última da hora" mas não podia deixar que o meu pequenino fosse com um anjinho menos que LINDO para a CEBI, pelo que pus a imaginação à obra e fui recolher material para a tarefa encomendada no final da noite, da véspera da data de entrega do dito cujo. Não faz mal, eu trabalho bem sob pressão. “E o material?” – perguntavam. “Não comprámos nada!” Tutu benne. Usamos o que encontrar pelo caminho. Recolhi de quase tudo. Informação da Net, algodão, folhas e flores secas que estavam espalhadas lá por casa e um belo de um texto de natal. O resultado final foi este:
Talvez não se consiga ler o texto, pelo que aqui vai: “A melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio dos nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham na nossa caminhada pela vida”.
Porque está na idade dos porquês (alguma vez passamos esta fase?), porque é inteligente como a breca (saí à tia :-)) e porque o objectivo não era só “produzir” um anjinho, tive na conversa com o Jonh (o meu menino Jesus). Os temas foram variados, falámos sobre a economia mundial, sobre a fome no mundo, sobre o buraco da camada de ozono…credo, claro que não. Deixá-lo descobrir as cenas más a seu tempo. Já sabe o essencial:” Tia, a água é um bem escasso e não podemos desperdiçar água”. Ah pois é. Um bem escasso é termos um puto que fala assim aos quatro anos (sou uma babada, eu sei). Em linguagem infantil, mas não muito, o puto já fala como gente grande, à sete tostões e meio (ou seja, em euros, ora, sete vezes dois, ora bem, mais quatro, a dividir por dois…bom, façam as contas), como diz a mama dele, falámos sobretudo sobre o Natal e focámos a atenção no menino Jesus. E a dada altura perguntei, vai: “Mor, quem é esse Sr?” Vem: “Tia, não é um Sr, é um bebé.” Daaahhhh, claro que não é um Sr. Vai:”Então e esse bebé anda lá na tua escola?” – pergunta pouco inteligente. Vem: “Claro que não. Anda na missa.” Vai: “Olha, e quem são os pais desse bebé?”. Vem: “Não sei, ele não anda lá na minha escola”. Muito complicado apresentar a uma criança um menino Jesus em que não se acredita. O que deveria dizer a seguir? Deixou-me desarmada, fiquei sem argumentos e passámos a falar do Noddy. Deixo a história do menino Jesus para os avós que são crentes e que lhe vão saber explicar o que é ter fé.
Parece que era o anjinho mais LINDO do colégio. Missão cumprida.
1 Comments:
Devia ser mesmo mais lindo!
Bom trabalho!
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