Candeeiro de azeite
Há muito tempo atrás, um octogenário contava-me uma história que dizia o seguinte: “Menina (chamam-se sempre menina, tenho cara de miúda), a vida é como um candeeiro de azeite. Vamo-la alimentando com azeite, mas a dada altura o pavio termina e não há azeite que nos valha”.
Atenção à idade que é, sem sombra de dúvida, um posto. Atenção ao que uma vida de vida ensina. Atenção aos conselhos dos velhos, são antigos e mais do que documentados.
Achei uma comparação deliciosa. Este octogenário teve ainda o bom senso de concluir: “Menina (não me escapo ao menina e até já acho estranho quando não precede o discurso de uma qualquer pessoa com mais idade), o meu pavio terminou, não há azeite que me valha”. Ele sabe que o pavio é curto, ele já o sente na pele.
Tento contar tantas vezes esta história...Tento contar todas as vezes que me cruzo com alguém que desperdiça a vida e repito-a vezes sem conta para mim.
2 Comments:
É mesmo uma comparação deliciosa!
mto bonito...
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