Um mundo vermelho
Que venha a mim um mundo vermelho.
Que entre por esta janela que deixei aberta.
Que não limpe os pés no tapete da entrada.
Que entre de rajada, sem pedir licença.
Que me atire contra a parede e me segure forte.
Que venha a mim no tom vermelho da paixão e do desejo.
Que se entorne sobre o meu corpo na intimidade da entrega.
Que me desperte um sorriso sustido no sopro de uma carícia.
Que me traga a crença cerrada do amar no ser amada.
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