Somos o espelho vivo do que experienciamos, do que conquistamos e das gentes com que nos cruzamos. Não somos porque somos, somos o resultado do que conseguimos edificar. Somos mestre de obras de nós mesmos...
Tuesday, April 11, 2006
Lugar seguro
Doem-me as recordações… …que me levaram até às nuvens.
Doem-me as voltas da vida… …as que faço direita por linhas tortas.
Doem-me os encontros imediatos… …dos olhares cruzados à esquina do precipício.
Doem-me as lágrimas presentes, passadas e futuras… …lágrimas seguras de quem nunca vai chegar a casa.
pode pesar-te até o sentimento perdido na dor que sentes, e sentes o desperdício de te doer e de não preencher
pode até chegar até ti a dor do que podia, pôde, pode e poderia ter sido o que quer que seja que possas ter sonhado, sonhar ou vires a sonhar enquanto se te fecharem o olhos sob o sal das lágrimas
podes fazer e sentir que tens o direito a tudo isto. e mais que fosse, que reclamarias como teu até o que pode não ser de ninguém.
e sabes porquê?
porque é quase infame o direito de sentir, de doer assim quando podias ocupar o espaço das letras, dos olhos e do respirar com o agradecimento do que foi, e do tanto que pode ser. hoje, amanhã ou depois. impaciente...
eurídice ficou pelo caminho porque orfeu olhou para trás... nem os deuses gregos autorizam o desespero quem tem tanto.
dói-te tudo isso, e podia, se te trouxesse à pele o aroma que empurra as gentes para destinos que nunca sonharam. hoje, podes ser ainda mais, pelo que foste ontem e a cada curva nasce mais um desejo de querer diferente, a quem não olhas a direito, de tanto olhar para lado nenhum.
se não acordas do torpor, podes perder o sol, o mar, as emoções e as noites da vida que poderias ter vivido. ainda a tempo, se fizeres teu o destino e moderares a expectativa de seres...tanto. porque tudo tem tempo.
o resto, é só mundo a fugir de quem quer agarrar à força. logo ele, que não é de ninguém...
1 Comments:
pode doer-te
o espaço que não ocupaste
pode doer-te
o que deixaste por fazer e sentir
pode pesar-te até
o sentimento perdido na dor que sentes, e sentes o desperdício de te doer e de não preencher
pode até chegar até ti a dor
do que podia, pôde, pode e poderia ter sido o que quer que seja que possas ter sonhado, sonhar ou vires a sonhar enquanto se te fecharem o olhos sob o sal das lágrimas
podes fazer e sentir que tens o direito a tudo isto. e mais que fosse, que reclamarias como teu até o que pode não ser de ninguém.
e sabes porquê?
porque é quase infame o direito de sentir, de doer assim
quando podias ocupar o espaço das letras, dos olhos e do respirar com o agradecimento do que foi, e do tanto que pode ser. hoje, amanhã ou depois. impaciente...
eurídice ficou pelo caminho porque orfeu olhou para trás...
nem os deuses gregos autorizam o desespero quem tem tanto.
dói-te tudo isso,
e podia, se te trouxesse à pele o aroma que empurra as gentes para destinos que nunca sonharam.
hoje, podes ser ainda mais, pelo que foste ontem e a cada curva nasce mais um desejo de querer diferente, a quem não olhas a direito, de tanto olhar para lado nenhum.
se não acordas do torpor, podes perder o sol, o mar, as emoções e as noites da vida que poderias ter vivido.
ainda a tempo, se fizeres teu o destino e moderares a expectativa de seres...tanto. porque tudo tem tempo.
o resto, é só mundo a fugir de quem quer agarrar à força. logo ele, que não é de ninguém...
;-)anonymous, pois então
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