Definitivamente...
...não estou nos meus dias. E não estou nos meus dias porque não tenho onde me agarrar. A morte morreu, o reinado das trevas terminou e eu continuo nas malhas da morte. Enquanto morta vai ser enterrada e eu sou enterrada com ela.
Revolta-me...será que é revolta? Nem sei o que é, só sei que dói, que me enche os olhos azuis de lágrimas e que me sinto a sufocar na imensidão dos dias. Que vou ser enterrada viva porque acreditei que a morte era verdadeira, que a morte reinava, que tinha vindo para ficar e que por isso eu não o podia ter. Só eu acredito na morte anunciada. Só eu acho que não sou trocada pela vida. Só eu acho que só a morte me vence e que esta me vence porque é definitiva. Isto já não é ingenuidade é burrice. Como pude eu acreditar no anuncio da morte?
A morte morreu e eu morri com ela. Morri eu e tudo aquilo em que acreditava. E mais uma vez os meus olhos choram. Já não consigo escrever sem chorar. Este blog nasceu com a morte e a morte morreu.
Já tinha entregue o troféu à morte, mas esta perdeu-o para a vida em astro e eu não valo nada. Eu não lhe ganhei e ela perdeu no primeiro round com uma jogadora da primeira divisão. Sou, definitivamente, duma divisão rasca. Não ganho nenhum jogo quanto mais um campeonato. A morte nem perdeu tempo a agendar jogo comigo, eu não valo a pena, sou carta fora do baralho. O Ás é outro e eu nem rainha fui.
A morte morreu e eu morri com ela. Talvez nasça outra, mas eu, eu que acreditava no amor de uma vida, eu que acreditava viver um amor diferente, eu que acreditava que tinha perdido para a morte o meu amor, eu que tinha decidido zelar pelo meu amor morto, eu que tinha decidido estar por perto para quando ele despertasse para a vida, eu que...fui definitivamente cega, morri. E comigo morreu muito do que eu sou. E comigo morri eu.
Com a minha morte tu ressuscitaste por outra vida viva. Que um de nós esteja vivo e feliz. Porque eu morri. Felicidade? Nem cheirá-la. E sabe-se lá se ressuscitarei...
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