Thursday, December 22, 2005

Ofereci caixinhas que nem eram minhas e ganhei o céu


Ofereci caixinhas que não eram minhas, já eram de quem as ofereci, e ganhei o céu. Eu não acredito, não sou crente, o céu não é o meu limite, mas aquele céu, aquele que o Sr. Baldé me ofereceu, eu aceitei na hora e agradeci com o mesmo coração com que me foi dado.

Africa persegue-me e ainda bem, porque eu ainda faço a tal missão de cabelo loiro atado, roupa à explorador, mãos sujas do trabalho e muitas caixinhas para dar e muito para fazer e muito para ajudar. Em troca só quero o sorriso e o céu do Sr. Baldé.

O Sr. Baldé é negro, tem um sorriso pepsodent e é de tal forma simples e simpático que conquista à primeira investida. O Sr. Baldé é muito doente, tem muita vontade de se tratar mas, infelizmente, não tem como. Eu ofereci-lhe todas as caixinhas que tinha dentro da minha caixa das caixinhas e ele deu-me automaticamente o sorriso pepsodent e o céu. E não parou de agradecer até fechar a porta e ainda voltou atrás a desejar Bom Natal e a oferecer-me mais um bocadinho de céu.

Quando voltar, Sr. Baldé, vai ter mais caixinhas à sua espera, prometo.

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