Thursday, May 04, 2006

Doce amargo


Não quero. Abdico por completo da segurança, se esta for castrante do diferente. Diferente em permanência, na exaustão de encontrar sempre o que não procuramos. Procurar ser feliz, ser não, estar, ninguém é feliz, a felicidade não é um estado de permanência, não há lei de uso capitão, podemos é estar felizes. Feliz hoje, mas não amanhã, porque o amanhã será bem amargo. Amargura para conseguir ver. É sempre assim, a vida amarga e vemos o sabor de forma, completamente, diferente. Diferente do que fui e do que virei a ser sempre. Sempre acordada no desaterro do interminável. Interminável luta pela diferença, pela não ausência, pelas não palavras no escorrer pingado dos dias. Nada do que o destino e não a forte vontade decide pode ser contado de forma inteligente.

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