Saturday, July 22, 2006

Do negro ao certo


A classe avassaladora de quem não parece ter pressa, de quem está para ficar, com a certeza de que conquistou o que o tempo não lhe tira. Descansada mas astuta, desperta os olhares de quem não vê e derrama…derrama o charme de quem não precisa do amanhã. Mas, se o amanhã chegar, só se chegar, porque ela não o procura, estará para o receber, arrebatadora, vivendo mais este dia como se o amanhã não lhe pertencesse. O certo é que não lhe pertence, a ela, a mim ou a ti. O certo é o incerto dos segundos que correm apressados na direcção do nada, que tombam cansados nos ponteiros do relógio e se deixam derrotar pelo que deixamos de fazer. O certo é o que o vivemos e não o que poderíamos ter vivido. O certo é o errado que fazemos na pressa de ser.

3 Comments:

Blogger mac said...

dificilmente terás escrito alguma vez tantas palavras em tão pouco espaço. sábias, entenda-se. até a forma tem a arte de alavancar à séria o molho das letras.
muito bonito. muito bom.

24 July, 2006 10:18  
Anonymous Anonymous said...

Espreitava em seus olhos uma lágrima,
e em meus lábios uma frase a perdoar;
falou o orgulho, o seu pranto secou,
senti nos lábios essa frase expirar.
Eu vou por um caminho, ela por outro;
mas, ao pensar no amor que nos prendeu,
digo ainda: porque me calei aquele dia?
E ela dirá: porque não chorei eu?

bécquer....

09 September, 2006 01:36  
Anonymous Anonymous said...

Can you imagine who I am? dispite me, I'm still a part of yours, as to me, remember? I'm sure you do know who's trying to speak up into your heart, trying to get your soul and ask for appologies. You know, as better, we are not as cruel as you might think, neither as cold as we show. Remeber this mask? For sure, it's eqqual as yours.
You still got my name, my address, my phones, and where I am in the world, your heart and in your memories.
Can you guess or be sure?

13 September, 2006 21:32  

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