NO FINAL PESA POUCO...
O peso é sempre relativo, depende de quem o tem, de quem o vê, de quem o vende, de quem o compra, de quem o vive...depende inclusive do que é pesado, de quem o pesa e de quem o tira ou de quem o acrescenta....depende de quase tudo.
Há dias em que nos parece mais pesada, há dias em que nem a sentimos de tão leve, há dias que merecíamos carregar menos e há dias em que sentimos o peso do mundo às costas. Há dias que somos plumas de tão leves, rápidos e produtivos. Há dias que somos árvores de tão pesados serem os pés, de tão rudes e preguiçosos. Há dias que somos rochas e nada, nada sai dali, o pé não dá o passo, a boca não tem palavra, o cérebro não pensa e a mente, essa, está off line.
No final pesa pouco...no final a vida pesa pouco...
Há muito dias pesados...os dias em que trabalhamos até mais tarde, os dias em que discutimos, mais uma vez, com o companheiro, com o amigo, com o colega de trabalho, os dias em que morre o animal de estimação, os dias em que a maionese sai mal, os dias em que o cano junto ao lavatório, que está roto há anos, resolve rebentar, em que os lençóis da cama estão frios, em que a cama está vazia. Há dias de cão, de cão pesado, de raça grande, daqueles enormes, gordos e ferozes, que nos rasgam só quando nos cruzamos, que nos deixam menos. E eles há dias de obesidade mórbida...dias de arrasto, dias de torpor, dias de desgraça...que nos deixam magros na alma e na memória...
Também há dias elegantes, dias em que acordamos com desejo de amar e em que somos amados, nestes dias o tempo voa e sobra, em todos os outros a barba e o banho vencem aos pontos. Dias em que nos batem por trás mas não tem qualquer importância porque até havia um risco no para-choques a precisar de ser reparado e o pobre do sr nem tinha reparado que havíamos parado. Em que somos chamados à atenção porque chegamos tarde ao trabalho, mas também não há problema, porque ajudamos o sr a preencher a declaração amigável para que não o pudéssemos enganar. Em que até conseguimos, apesar de termos chegado muito atrasados, fazer tudo o que tínhamos planeado para esse dia, terminar alguns daqueles trabalhos pendentes colados aos posticks da secretária e ainda sair mais cedo. Em que chegamos a casa e vemos deliciadas o nosso homem, de pantufa calçada, sentado no sofá, de pernas estendidas sobre a madeira venge da mesa que demoramos meses a escolher, com o jantar por fazer e a roupa por estender mas em que à perfeição nos parece faltar apenas mais umas peças de roupa espalhadas pelo chão. Estes são dias poucos de tão leves.
No final pesa pouco...no final a vida pesa pouco...
Há dias em que nos parece mais pesada, há dias em que nem a sentimos de tão leve, há dias que merecíamos carregar menos e há dias em que sentimos o peso do mundo às costas. Há dias que somos plumas de tão leves, rápidos e produtivos. Há dias que somos árvores de tão pesados serem os pés, de tão rudes e preguiçosos. Há dias que somos rochas e nada, nada sai dali, o pé não dá o passo, a boca não tem palavra, o cérebro não pensa e a mente, essa, está off line.
No final pesa pouco...no final a vida pesa pouco...
Há muito dias pesados...os dias em que trabalhamos até mais tarde, os dias em que discutimos, mais uma vez, com o companheiro, com o amigo, com o colega de trabalho, os dias em que morre o animal de estimação, os dias em que a maionese sai mal, os dias em que o cano junto ao lavatório, que está roto há anos, resolve rebentar, em que os lençóis da cama estão frios, em que a cama está vazia. Há dias de cão, de cão pesado, de raça grande, daqueles enormes, gordos e ferozes, que nos rasgam só quando nos cruzamos, que nos deixam menos. E eles há dias de obesidade mórbida...dias de arrasto, dias de torpor, dias de desgraça...que nos deixam magros na alma e na memória...
Também há dias elegantes, dias em que acordamos com desejo de amar e em que somos amados, nestes dias o tempo voa e sobra, em todos os outros a barba e o banho vencem aos pontos. Dias em que nos batem por trás mas não tem qualquer importância porque até havia um risco no para-choques a precisar de ser reparado e o pobre do sr nem tinha reparado que havíamos parado. Em que somos chamados à atenção porque chegamos tarde ao trabalho, mas também não há problema, porque ajudamos o sr a preencher a declaração amigável para que não o pudéssemos enganar. Em que até conseguimos, apesar de termos chegado muito atrasados, fazer tudo o que tínhamos planeado para esse dia, terminar alguns daqueles trabalhos pendentes colados aos posticks da secretária e ainda sair mais cedo. Em que chegamos a casa e vemos deliciadas o nosso homem, de pantufa calçada, sentado no sofá, de pernas estendidas sobre a madeira venge da mesa que demoramos meses a escolher, com o jantar por fazer e a roupa por estender mas em que à perfeição nos parece faltar apenas mais umas peças de roupa espalhadas pelo chão. Estes são dias poucos de tão leves.
No final pesa pouco...no final a vida pesa pouco...
3 Comments:
se não o, concerteza que, pelo menos, um dos melhores.
adorei a fluidez, o princípio e, apesar de não gostar de finais felizes, também gostei do fim da "história".
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Muito Obrigado. Vindo de ti é um grande elogio.
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