Inquieta
Inquieta…é isso, devo ser inquieta. Há quem diga que gosto de discutir, que não paro um segundo, que se não tenho, arranjo o que fazer e com o que me chatear, que sou volátil, que mudo de humor com as marés, que tenho um feitio peculiar e uma personalidade muito própria – ou seja, mau feitio, mas eu acho que sou inquieta.
Queria jogar sem perder. Queria não ter medo da rejeição ou das más escolhas. Queria não me sentir pouco com as minhas opções. Queria viver cada dia como se não houvesse amanhã. Queria não deixar para amanhã o que posso fazer hoje. Queria não ser rancorosa e saber perdoar. Queria muito…e o pior é que tenho, ou pareço ter, mas não o sinto. Quero sempre mais. Quero sempre melhor. Quero sempre diferente…
Inquieta, inconformada…entro sempre no mesmo jogo…construir. Construir não, arranhar o que está erguido, esculpir, esculpir não, martelar o material, já não bruto, que me cai no colo. E não aprendo, penso que não aprendo, mas não aprendo e continuo a martelar na vida.
Queria experimentar tudo, queria que seguir um caminho não implicasse deixar de seguir outro, queria ver tudo, não espreitar de longe como quem vê passar de fora, queria ver, viver, experienciar tudo sem ter que deixar nada para trás.
Queria jogar sem perder. Queria não ter medo da rejeição ou das más escolhas. Queria não me sentir pouco com as minhas opções. Queria viver cada dia como se não houvesse amanhã. Queria não deixar para amanhã o que posso fazer hoje. Queria não ser rancorosa e saber perdoar. Queria muito…e o pior é que tenho, ou pareço ter, mas não o sinto. Quero sempre mais. Quero sempre melhor. Quero sempre diferente…
Inquieta, inconformada…entro sempre no mesmo jogo…construir. Construir não, arranhar o que está erguido, esculpir, esculpir não, martelar o material, já não bruto, que me cai no colo. E não aprendo, penso que não aprendo, mas não aprendo e continuo a martelar na vida.